Futebol e provocações

Quarta feira dessa semana está marcado o jogo final da Copa do Brasil. O CORINTHIANS leva a vantagem de ter vencido o primeiro jogo por 3x1. Eu não vou ficar aqui explicando o regulamento do torneio sobre que resultados favorecem a quem porque quem gosta de futebol, suponho eu que a grande maioria que vem aqui, já está careca de saber.

Mano Menezes devolve provocação: "- Pode ter sido o gol do título do Corinthians. Se eles só fizerem esse, vamos ser campeões." - diz o comandante alvinegro.

Desde que terminou o jogo em São Paulo os jogadores de ambos os times veem se provocando mutuamente. Carlinhos Bala falou, Fabinho retrucou. Não sei mais quem desafiou, Mano ridicularizou. Só Herrera se calou. Quem diria hein? Jogador argentino normalmente fala mais que a boca e nesse caso foi o único inteligente da história , dizendo que responde dentro do campo.

Há algumas semanas, no mesmo torneio, já houve uma rusga entre jogadores de CORINTHIANS e Goiás. Até dirigentes dos dois clubes deram as suas contibuições pra isso. Ridiculamente. Deploravelmente.

Ora, esse tipo de coisa só é aceitável entre torcedores. Vou explicar, eu detono o time da Jacke, que ri do time da Zuka, que faz graça com o meu, e nós 3 rimos do time do Welton, que convenhamos, é o piorzinho mesmo e não ganha nada de útil há muito tempo. Hehehehe.

Mas jogador tem que respeitar o colega de profissão, dirigente também. Tem que ter ética.
Brincadeira é uma coisa engraçada. Por exemplo, algumas pessoas aqui sabem qual minha profissão, e não é incomum dizerem coisas do tipo: "Gosta de ver os outros sofrerem", ou "Eu que não chegaria nem perto de você. Você é esculachada demais". Mas isso dito por quem está de fora do meio entra como brincadeira. Se viesse de um colega de profissão pareceria pessoal, e ainda por cima um insulto.
Outra colaboradora aqui é a New, advogada. Muito comum se acharem piadas de advogados pelas ruas, radios, jornais e internet, dizendo que advogados só querem saber do dinheiro da gente. Se isso vem de um advogado dizendo de outro, falta de ética.

No futebol eu encaro da mesma maneira. Tudo bem os torcedores fazerem sua musiquinhas, sua gozações e provocações. Mas os jogadores e dirigentes precisam mostrar o mínimo de ética profissional, além de não se esquecerem de suas responsabilidades, que não se limitam dentro do campo. Todos eles sabem que uma declaração mal dada, por menor que seja, pode gerar confusões de proporções extraordinárias. Principalmente ali, na arquibancada.