O meio-campo Andrezinho, do Internacional, será indiciado por lesão corporal culposa e omissão de socorro por ter se envolvido em um acidente, na madrugada de 21 de abril, no feriadão de Páscoa.
De acordo com o titular da Delegacia de Trânsito da Capital, Gilberto Montenegro, "depoimentos e laudos periciais comprovaram que Andrezinho dirigia o veículo no momento do acidente". Até a próxima semana, o delegado remete o inquérito ao Foro Central de Porto Alegre, indiciando o jogador.
Em seguida, caberá ao juiz despachar a ida do inquérito ao Ministério Público, para que denuncie - ou não - o atleta.
O acidente ocorreu no cruzamento da avenida Carlos Gomes com a rua Soledade, na zona norte de Porto Alegre. O jogador bateu com a caminhonete Nissan Infinity FX 35 - que ele dirigia - na traseira de um Corsa, conduzido por Shirlei Cristiano Germano, de 22 anos. Com a força da batida, o carro dela pegou fogo. A jovem chegou a ser encaminhada ao HPS.
Com o impacto, o veículo menor avançou contra a mureta de um corredor de ônibus e colidiu num poste. A motorista fraturou duas vértebras, colocou pinos na coluna cervical e teve um pulmão perfurado, segundo familiares.
Ao investigar o fato, a Polícia encontrou vestígios no local e imagens de câmeras de vídeo. Nas imagens, um perito identificou uma caminhonete Nissan, branca, com teto solar, como a responsável pela colisão.
Ao cruzar as informações com ocorrências policiais registradas com a data de 21 de abril, a polícia chegou à Nissan do jogador.
O delegado Montenegro acrescentou que o corretor de seguros do atleta também vai ser indiciado por ter forjado uma ocorrência policial. O documento foi registrado, via Internet, oito dias depois do acidente. O corretor referiu, na comunicação de ocorrência que o veículo havia se envolvido em um outro acidente com danos materiais. "A ocorrência foi feita para justificar o conserto da caminhonete" - avalia o policial.
Ele disse também que "o fato de não ter prestado socorro à vítima é um agravante".
No depoimento, o jogador admitiu que conduzia a Nissan Infinity no dia do acidente e que não parou para prestar socorro por medo de represálias e de ser assaltado. O Sport Club Internacional já ofereceu um advogado de defesa.
Contraponto
Procurado pelo Espaço Vital, o jogador disse que não quer se manifestar. Mas por meio de sua assessoria, informou que já conversara com seu advogado para "fazer uma composição cível com a família da moça".
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