As mulheres em minha família estão em desvantagem numérica. Somos duas, eu e mamãe, contra papai e meus dois irmãos (que já jogavam bola dentro da barriga). Não bastasse isso, sempre fui a única a trocar chuteiras por sapatilhas (sim a minha mãe gosta demais de futebol). E depois de anos tendo as tardes de domingo tomadas por canais de esportes, todos sintonizados em jogos de futebol, passei a entender um pouquinho disso tudo. Não sei o suficiente comentar uma partida inteira. Apenas o necessário pra me divertir, gritar pra fulano passar a bola ou chamar o juiz de ladrão.
No entanto, a torcer eu aprendi cedo.
Antes de entender o que 22 jogadores e 1 bola faziam dentro de campo eu já gritava “GALO” junto com meu pai. E como eram divertidas as tardes de férias em Minas quando eu e meus primos atleticanos tentávamos convencer os cruzeirenses de que o nosso time era o melhor. Daí a paixonite aguda foi um pulo. Comecei a conhecer outros atleticanos pela net, e o mais interessante, outras atleticanas, que vez ou outra me mantêm atualizada sobre o desempenho do meu time.
E como é difícil essa paixão à distância... Eu moro em Aracaju, e as transmissões aqui são monopolizadas pelo círculo Rio/São Paulo. Daí seguir o meu time fica mais difícil. Mas como uma boa atleticana não desisto: assisto às partidas pelo site do Terra, rádios on-line e certa vez uma amiga minha narrou o fim do jogo pelo MSN. E “torcendo contra o vento”¹, descobri que futebol, mini-saia e salto alto combinam e que o Atlético Mineiro é “o mais nobre, o mais bravo e leal”.²
Notas:
¹ essa menção foi feita com base em um texto de Roberto Drummond: Ser atleticano
² trecho do primeiro hino do atlético mineiro
P.S.: Só para constar, o Galo ganhou de 3X2 do Tupi no campeonato mineiro. Foi um jogo que quase me desencadeou um ataque do coração de tão sofrido, mas pelo menos tivemos vitória e estamos mais relaxados pro próximo jogo em Juiz de Fora. Bica eles Galo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um comentário:
posso entrar nesse time
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